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Sempre com as mãos livres? O impacto do coronavírus na IoT

Sempre com as mãos livres? O impacto do coronavírus na IoT

O COVID-19 afetou a sociedade e as economias globais de forma incomparável. Já existem indicações definitivas de que muitas das soluções tecnológicas desenvolvidas durante esse período devem ser adotadas mais rapidamente nos próximos meses, pois as pessoas recorrem cada vez mais ao digital devido ao trabalho remoto.

Os especialistas estão divididos sobre os efeitos que o COVID-19 terá especificamente no que se refere à Internet das Coisas (IoT), suas tecnologias inovadoras e suas implementações. Mas a perspectiva parece muito positiva quando se olha para os recentes avanços em conectividade, software e hardware de IoT, segurança e a quantidade de dispositivos de IoT conectados globalmente.

Nos próximos meses, as empresas serão forçadas a automatizar ainda mais suas operações. O COVID-19 mudou a natureza das condições de trabalho em empresas de todo o mundo. Todo mundo foi forçado a evoluir e se adaptar ao novo normal. Além disso, as empresas desejam gerar mais resiliência para prosperar caso surja um futuro COVID.

Atualmente, os líderes de tecnologia da IoT trabalham em implementações reais adicionais das técnicas de IoT disponíveis. Embora a Internet das Coisas tenha crescido nos últimos anos, ela está destinada a disparar no próximo ano ou daqui a dois anos. Mais setores e indústrias buscarão a IoT no futuro para atrair clientes, expandir suas marcas e aprimorar as experiências dos clientes. Da mesma forma, os fabricantes da IoT deverão fornecer dispositivos da IoT ainda mais abrangentes e seguros. Eis o que vimos até agora:

1. Drones se tornaram extremamente úteis

Os drones assistidos não são mais vistos como meras armas de guerra e anonimato, e foram ganhando destaque nos últimos meses à medida que a pandemia se disseminava pelo mundo:

  • No condado de Xinchang, um sistema de entrega de drones fez mais de 300 voos individuais para suprimentos médicos.
  • Muitos países usaram drones para monitoramento e vigilância de espaços públicos.
  • Eles foram usados para espalhar informações e transmitir informações importantes.
  • Um fabricante de drones agrícolas transformou mais de 2.500 drones em pulverizadores de desinfetantes.

2. As tecnologias corporativas, incluindo dispositivos inteligentes e vestíveis, estão crescendo

Certas tecnologias corporativas tornaram-se extremamente importantes, como:

  • A infraestrutura necessária para o trabalho remoto – por exemplo, tablets, laptops, conectividade, acesso remoto e segurança do trabalho remoto.
  • Ferramentas que permitem a colaboração on-line – por exemplo, bate-papo em equipe, planejamento de projetos, videoconferência etc.
  • Infraestrutura relacionada à virtualização – por exemplo, áreas de trabalho remotas.
  • Tecnologia de segurança e proteção.
  • Software de segurança para trabalhadores remotos.
  • Serviços de suporte.

O uso de dispositivos inteligentes aumentou durante a pandemia – não apenas pela capacidade de fornecer entretenimento em um momento em que milhões de pessoas ficaram presas em ambientes fechados devido às recomendações de confinamento, mas também como uma maneira de promover a proteção na forma de acessórios vestíveis. Um exemplo disso é um dispositivo que ajuda a alertar o usuário que o está usando quando ele está muito próximo de outro funcionário, incentivando o distanciamento social para manter os locais de trabalho seguros.

O Zoom talvez seja o grande vencedor do COVID-19. O interesse contínuo pela plataforma de videoconferência acarretou grandes mudanças no software e código-fonte depois de a empresa ter enfrentado desafios iniciais, pois a base de usuários cresceu de 19 para mais de 200 milhões de usuários em três meses.

3. A popularidade dos aplicativos de saúde da IoT continua a aumentar

Além dos prestadores de serviços focados em garantir redes domésticas para a IoT, as soluções de IoT voltadas para o setor de saúde têm aumentado. Isso inclui:

  • Consultas por saúde à distância. Cada vez mais, médicos atendem os pacientes por videoconferência, em locais em que o lockdown continua acontecendo. Um exemplo excelente é o Stanford Children's Health Hospital, que agora chega a ter 620 consultas digitais por dia (anteriormente eram 20).
  • Diagnóstico digital. Muitas dessas soluções de diagnóstico digital ainda estão sendo testadas, mas os consumidores provavelmente serão os primeiros a testá-las. Por exemplo, a fabricante de termômetros digitais Kinsa observou um aumento substancial no uso de seus produtos conforme a pandemia se alastrava pelos EUA.
  • Monitoramento remoto. O monitoramento remoto também está aumentando, principalmente no que diz respeito aos idosos. O Livongo Health, uma gama de dispositivos remotos de monitoramento da IoT para "doenças crônicas", ampliou sua diretriz trimestral em abril de 2020.
  • Assistência de robôs. Na China, em particular, os robôs foram usados para higienizar e desinfetar hospitais e fornecer medicamentos.

Internet das Coisas Médicas

O CDC estima que a quantidade de infecções contraídas em hospitais dos EUA seja 1,7 milhões por ano (quantidade de pessoas infectadas durante uma consulta médica). Além de aumentar durante pandemias, esse número resulta em escassez de profissionais de saúde e suprimentos médicos quando mais precisamos deles.

A Internet das Coisas Médicas (IoMT) representa uma solução interessante para esse problema específico. A pesquisa mostrou que 70% dos profissionais de saúde já usam uma variedade de dispositivos da IoMT, o que é uma ótima notícia considerando as atenuações posteriores da pandemia. Contudo, também apresenta novos riscos de segurança quando se trata de dados pessoais ou confidenciais. A genialidade inerente da IoT é que ela consegue transformar qualquer objeto em uma fonte de dados.

Quando se trata de IoMT, o "objeto" está sempre relacionado à saúde, como uma cadeira de rodas, um monitor de frequência cardíaca ou qualquer outro dispositivo de saúde vestível. Esses objetos produzem um fluxo constante de dados de saúde gerados pelo paciente (PGHD); portanto, esses dados podem ser usados para avaliar a condição física do paciente. Em uma escala mais ampla, a coleta de dados de grupos de tratamento também pode ser usada para embasar estudos clínicos e outros avanços.

Instalar mais digitalização e inovações nas unidades de saúde, como dispositivos e aplicativos da IoMT na cabeceira da cama hospitalar, diminuirá interação com pacientes infectados e aumentará a proteção da equipe. A capacidade de avaliar remotamente os dados do paciente reduzirá a obrigação e a duração das consultas hospitalares. O mesmo ocorre com desenvolvimentos tecnológicos, como consultas remotas em consultórios, diagnóstico remoto e monitoramento.

Embora seja importante observar que a IoMT e a automação estejam em ascensão, a tecnologia não substitui o contato humano que é uma parte essencial do atendimento ao paciente. A IoMT oferece aos médicos mais tempo para se concentrarem no aspecto humano do seu trabalho, como consultas com pacientes e familiares.

A IoMT também melhora o atendimento remoto comunitário para idosos e pessoas com doenças crônicas, reduzindo significativamente a exposição dos membros mais vulneráveis da sociedade em uma situação como a da atual pandemia do COVID-19.

Conseguir tratar idosos com a menor quantidade de interação possível é vital para evitar colocar a vida dessas pessoas em risco durante uma pandemia. Com sensores médicos, assistentes virtuais e residências inteligentes, é possível proteger os grupos vulneráveis tanto física como e mentalmente.

Ameaças à segurança

Em geral, a discussão sobre IoMT e IoT nunca está completa sem se reconhecer as respectivas preocupações de privacidade e segurança. Embora a tecnologia tenha avançado o suficiente para transferir dados entre a nuvem e uma infinidade de dispositivos conectados, a segurança de dispositivos da IoT e dados continuam sendo motivo de preocupação.

Com escândalos de privacidade, vazamentos de dados, limitações geográficas e censura tornando-se manchetes e impactando vidas todos os dias, as VPNs ganharam destaque. Essas considerações sobre privacidade de dados também explicam por que os profissionais de saúde devem ser extremamente cautelosos com a quantidade de interação com o cliente que a IoMT está mobilizando.

Os pacientes ficam preocupados – e com razão – com um sensor inteligente avançado e vestível que transmite continuamente dados confidenciais sobre sua condição de saúde. Além disso, a privacidade dos dados se torna um assunto altamente confidencial no caso de uma pandemia – por exemplo, quando se trata de rastreamento de contato

As preocupações de segurança da IoT ou suas vulnerabilidades precisam ser resolvidas pelos fabricantes e desenvolvedores antes que os dispositivos sejam distribuídos aos consumidores de serviços de saúde. Responder a essas preocupações de maneira consistente exigirá um trabalho conjunto dos setores econômico, legislativo, médico e tecnológico. Do ponto de vista técnico, já existem muitos avanços para proteger dispositivos ou os softwares correlatos contra hackers.

Estabelecer a confiança do consumidor na maneira como os fornecedores lidam com seus dados pessoais ainda é uma questão em aberto. A tecnologia da IoT pode ser a precursora para ajudar a prevenir e gerenciar as pandemias atuais e futuras. Quando implantada em larga escala, a IoT fornece à humanidade uma quantidade incomparável de dados e análises em face de catástrofes.

Observação: Este artigo de blog foi escrito por um colaborador convidado com o objetivo de oferecer uma variedade maior de conteúdo para nossos leitores. As opiniões expressas neste artigo do autor convidado são exclusivamente da responsabilidade do colaborador e não refletem necessariamente as da GlobalSign.

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